Sinceramente, acho que casar ou não depende simplesmente daquilo em que cada casal acredita, não sendo determinante para o sucesso ou o futuro de uma relação.
A partir do momento em que um casal de namorados decide partilhar uma casa, está na minha opinião a fazer votos tão fortes como os votos associados ao casamento, e está a dar uma prova do amor e da estabilidade da relação.
E confesso que me faz uma certa confusão quando me dizem que decidiram viver juntos com o objectivo de testar a relação e ver se há compatibilidade; se houver, casam; se não houver, cada um segue para seu lado.
De qualquer forma, independentemente da decisão (casarem, viverem juntos e depois casarem, viverem juntos e nunca chegarem a casar), acho que deve ser tomada e assumida conscientemente.
E aquilo que me espanta é ver casais que decidiram não casar (e que muitas vezes até estão juntos há imensos anos e têm filhos) e que têm bastante dificuldade em definir o "estatuto" da pessoa com quem vivem. Não são raras as vezes em que vejo as pessoas hesitarem em dizer "companheiro", "namorado" ou "marido", ou mesmo ficarem embaraçadas por chamarem "namorado" ao pai dos filhos e acabarem por dizer "marido".
Será por limitações sociais? É que eu sempre achei que quem toma uma decisão dessas não está propriamente preocupado com o que a sociedade estipulou como correcto… e afinal acabo por me surpreender.
9 comentários:
Eu não sou casada mas vivo com o F. há vários anos e temos uma filha. Não sei porquê não me dá jeio dizer marido, digo sempre companheiro. Não faz parte dos nossos planos casar, eu pessoalmente gosto de estar assim! Mas vejo-me como se estivesse casada:) bj!
Uma das coisa com a qual não me sentia confortável quando vivia com o R. antes de nos casarmos era exactamente o facto de ter de dizer " o namorado isto..., o namorado aquilo..." porque dava sempre a entender (para quem não me conhecia na vida pessoal, apenas na profissional, p. ex.) que não éramos "família", que éramos apenas 2 pessoas que andavam e passavamm tempo juntos. É claro que para mim antes do casamento e depois deles somos rigorosamente a mesma coisa, mas para a sociedade em geral é mais fácil perceber o que é o marido do que o companheiro com quem se vive e sinceramente não vejo isso com maus olhos... Não creio que seja sequer "preconceito" da sociedade, acho que é apenas chato ter que explicar que vivemos juntos mas não somos casados. Aliás nunca me senti mal olhado por estar nessa situação, até pelo contrário, mesmo as pessoas mais velhas inclusivamente na família me apoiaram nessa fase e quando sempre pensei que não queria casar chegou uma altura que me apeteceu e o R. apoiou-me e lá casamos!!!
Excelente post! Beijinhos.
Eu também acho que este foi um excelente post. Mas sabes, às vezes também me espanta ver pessoas casadas e que nunca dizem "o meu marido". LOL Atenção que não estou a fazer voz crítica, porque não acho isso bem nem mal. Apenas acho caricato! Como acho caricata a situação que retratas, das pessoas que vivem juntas e não sabem como qualificar a cara-metade.
No fundo, acho que o peso das palavras afinal conta bastante, seja em que situação for. E o peso que elas têm é-lhes dado precisamente pela sociedade.
Queen of Hearts, expressaste exactamente o que eu também acho!
É muito bom quando há uma troca de ideias tão produtiva como esta que estamos a ter.
E eu partilho dos vossos pontos de vista.
Eu vivi junta um ano - não para testar a relação...era para ser definitivo, mas não foi - e a partir desse dia passei a dizer marido...porque para mim, viver com alguem é o mesmo que casar já que não faço questão de atestá-lo em papel...
Eu não acredito no "casamento" para ser sincera...mas adorarei viver com a pessoa que amo quando chegar a altura de tal. O que lhes chamamos são meros titulos que não influenciam em nada o que sentimos pela pessoa. O que os outros acham é la com eles...eu cá desde que seja feliz e ele tambem, o resto é conversa ^^
Beijinho*
Eu acho muito estranho chamar o meu marido de marido, como antes achava chamar de namorado. Quando viviamos juntos antes de casar nem sabia o que chamar.
Normalmente refiro-o pelo nome próprio quando falo dele.
Uso a palavra "namorido" e adoro viver "em pecado", como se diz na terra dos meus pais.
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