Costumo ouvir várias pessoas dizerem que não gostam de determinado estilo de vestido porque não faz o género delas. O que é que isso quer dizer? Acham o vestido feio? Simplesmente não o usariam?
Eu penso que, muitas vezes, a hipótese certa é a segunda… ou estarei enganada?
No meu caso, tenho noção de que só alguns modelos me assentariam bem, ou de que não são assim tantos os estilos com que me identifico, mas isso não invalida que eu goste de uma infinidade de vestidos diferentes. Sei que não usaria um vestido com "corte sereia" ou com "corte império", por exemplo, mas há imensos vestidos desses estilos que eu adoro!
E isso leva a outra questão: o que é que nos faz gostar de determinado vestido? Terá a ver com proporções estéticas definidas pelos criadores e pelos críticos de moda internacionais? Terá a ver com a moda actual?
Claro que podemos imediatamente dizer que o gosto é algo muito pessoal, mas a verdade é que esse gosto se vai moldando com o conhecimento e com a exposição à moda e à arte em geral ao longo dos tempos. O sentido estético vai-se desenvolvendo, mesmo continuando a variar imenso de pessoa para pessoa.
E, então, encadeia-se uma outra pergunta: se assim é, o que faz com que determinada pessoa se considere capaz de ser consultora de imagem? Que legitimidade tem? O facto de ler muito e até tirar um curso dá-lhe a capacidade para determinar o que é bonito ou feio no corpo dos outros, que até têm um estilo próprio? Caso isso seja verdade, suponho que haja alguma exactidão associada ao sentido estético. Para além disso, deve haver "gostos" que são considerados mais válidos do que outros. Será assim? Ou terá a ver com a quantidade de pessoas que se identificam com o tal "consultor de imagem" e que consideram que tem "bom gosto"? Será que essa pessoa cria um estatuto que depois lhe permite criar tendências e até alterar o gosto dos outros? De onde vem esse estatuto?
Para acrescentar a todos estes "porquês" [e parece que a minha idade deles nunca chegou verdadeiramente ao fim], tenho observado pessoas com gostos muito diferentes (opostos, diria) considerarem que o seu sentido estético é muito bom e não colocarem sequer a hipótese de seguirem recomendações de outras pessoas. Mas porque é que teriam que o fazer? Não tendo, porque é que continuamos a definir certas escolhas como "parolas" e outras como trendsetters?
Estas são perguntas para as quais não tenho resposta e que me têm feito reflectir.
Hoje decidi partilhá-las no blog :)
Eu penso que, muitas vezes, a hipótese certa é a segunda… ou estarei enganada?
No meu caso, tenho noção de que só alguns modelos me assentariam bem, ou de que não são assim tantos os estilos com que me identifico, mas isso não invalida que eu goste de uma infinidade de vestidos diferentes. Sei que não usaria um vestido com "corte sereia" ou com "corte império", por exemplo, mas há imensos vestidos desses estilos que eu adoro!
E isso leva a outra questão: o que é que nos faz gostar de determinado vestido? Terá a ver com proporções estéticas definidas pelos criadores e pelos críticos de moda internacionais? Terá a ver com a moda actual?
Claro que podemos imediatamente dizer que o gosto é algo muito pessoal, mas a verdade é que esse gosto se vai moldando com o conhecimento e com a exposição à moda e à arte em geral ao longo dos tempos. O sentido estético vai-se desenvolvendo, mesmo continuando a variar imenso de pessoa para pessoa.
E, então, encadeia-se uma outra pergunta: se assim é, o que faz com que determinada pessoa se considere capaz de ser consultora de imagem? Que legitimidade tem? O facto de ler muito e até tirar um curso dá-lhe a capacidade para determinar o que é bonito ou feio no corpo dos outros, que até têm um estilo próprio? Caso isso seja verdade, suponho que haja alguma exactidão associada ao sentido estético. Para além disso, deve haver "gostos" que são considerados mais válidos do que outros. Será assim? Ou terá a ver com a quantidade de pessoas que se identificam com o tal "consultor de imagem" e que consideram que tem "bom gosto"? Será que essa pessoa cria um estatuto que depois lhe permite criar tendências e até alterar o gosto dos outros? De onde vem esse estatuto?
Para acrescentar a todos estes "porquês" [e parece que a minha idade deles nunca chegou verdadeiramente ao fim], tenho observado pessoas com gostos muito diferentes (opostos, diria) considerarem que o seu sentido estético é muito bom e não colocarem sequer a hipótese de seguirem recomendações de outras pessoas. Mas porque é que teriam que o fazer? Não tendo, porque é que continuamos a definir certas escolhas como "parolas" e outras como trendsetters?
Estas são perguntas para as quais não tenho resposta e que me têm feito reflectir.
Hoje decidi partilhá-las no blog :)
4 comentários:
eu muitas das vezes vejo coisas que acho super fofas mas depois se comprasse ficava para o lado porque não é o tipo de coisa que estou habituada a vestir ou não se enquadra muito com o meu estilo... Quando não gosto... digo que não gosto e pronto...
Olá: eu por acaso (e embora se use muito) não gosto de ver noivas com vestidos cai-cai. Acho muito vulgar. E então em casamentos na igreja acho deveres desrespeitador. E também não gosto de ver noivas de cabelo solto acho demasiado informal. Mas cada um tem seus gostos.
Por acaso, eu uso muito a expressao "nao faz o meu estilo"... Quando o digo, pretendo transmitir a ideia de que apenas mas nao seria capaz de usar.
Como tu, ha determinadas peças que eu nao seria capaz de usar, nao por nao achar bonitas, mas por achar que nao me favorecem ou simplesmente nao ter a coragem de ousar.
Nao sou muito de modas...Claro que sou influenciada por "tendências", mas nao opto por isto ou por aquilo por "estar a moda"; escolho determinadas peças em detrimento de outras porque me "encheram as medidas", de acordo com os meus padroes e nao porque fulana tal apareceu na revista x com uma igual!
Consultores de moda? Se os encararmos como alguém que nos auxilia para seleccionarmos o que nos favorece e excluir o que "prejudica" a nossa imagem ou simplesmente para nos darem uma "lufada de ar fresco", acho que sao optimos aliados! Se olharmos para eles como alguém que entra na nossa cabeça e no nosso guarda-roupa e nos impinge determinado estilo porque é mais "in", digo NAAAAAAAAO! Estes profissionais existem para, mediante a nossa fisionomia e gostos pessoais, nos darem dicas sobre como valorizarmos a nossa imagem e nao para nos transformarem noutra pessoa so para aparentarmos um look mais " na moda"!
Beijinhos
B. testamenteira
Por acaso, eu uso muito a expressao "nao faz o meu estilo"... Quando o digo, pretendo transmitir a ideia de que apenas nao seria capaz de usar.
Como tu, ha determinadas peças que eu nao seria capaz de usar, nao por nao achar bonitas, mas por achar que nao me favorecem ou simplesmente nao ter a coragem de ousar.
Nao sou muito de modas...Claro que sou influenciada por "tendências", mas nao opto por isto ou por aquilo por "estar a moda"; escolho determinadas peças em detrimento de outras porque me "encheram as medidas", de acordo com os meus padroes e nao porque fulana tal apareceu na revista x com uma igual!
Consultores de moda? Se os encararmos como alguém que nos auxilia para seleccionarmos o que nos favorece e excluir o que "prejudica" a nossa imagem ou simplesmente para nos darem uma "lufada de ar fresco", acho que sao optimos aliados! Se olharmos para eles como alguém que entra na nossa cabeça e no nosso guarda-roupa e nos impinge determinado estilo porque é mais "in", digo NAAAAAAAAO! Estes profissionais existem para, mediante a nossa fisionomia e gostos pessoais, nos darem dicas sobre como valorizarmos a nossa imagem e nao para nos transformarem noutra pessoa so para aparentarmos um look mais " na moda"!
Beijinhos
B. testamenteira
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