Se virmos uns sapatos de uma marca que desconhecemos a um preço elevado, o mais comum é pensarmos que têm boa qualidade e/ou que a marca é famosa. Se, pelo contrário, o preço for baixo, muitas vezes ficamos com a pulga atrás da orelha. E aqui entra um outro provérbio: "quando a esmola é grande, o Santo desconfia!".
Claro que há várias situações em que os produtos caros não têm uma boa qualidade. Do mesmo modo, algo pode ser barato por vários motivos, como a marca/empresa estar a dar os primeiros passos, quererem dar-se a conhecer ao maior número possível de pessoas, quererem ganhar experiência ou mesmo terem noção das dificuldades dos possíveis clientes e pretenderem ajudar.
A verdade é que muito dificilmente saberemos de qual dos casos se trata. E, para um cliente que está a analisar diferentes opções, a mais cara parecerá, muito provavelmente, a melhor.
Assim, como deverá um profissional agir? Terá mais sucesso aumentando os preços ou começando com preços baixos e ir subindo aos poucos?
Continuando com a mesma sequência de ideias, vê-se muito mais agradecimentos e muito maior publicidade a um serviço contratado quando o serviço é pago do que quando é oferecido.
Fará isto sentido? Se pensarmos que "o fruto proibido é o mais apetecido", sim, faz. As pessoas olham para algo dado (ou algo barato) como não tendo grande valor, mesmo que a pessoa/empresa que fez a oferta tenha feito um grande esforço para ajudar e tenha sido altruísta.
Qual será então o prazer de ajudar se a pessoa que recebe o apoio não tem noção do que está a receber e não o aproveita da melhor forma?
Altruísmo, sim, mas cada vez mais chego à conclusão que há limites e que a valorização tem que partir do próprio profissional.
1 comentário:
Temos sempre de valorizar o bem/serviço, estar a "oferecê-lo" por menos do que vale é banalizá-lo e desvalorizá-lo. Não uma valorização absurda, porque isso também o vai descredibilizar, mas realista porque há marcas que não são prós em valorizações de produtos que não valem nada.
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