16.10.12

Entrevista à empresa de animação Bruce Brothers


Várias pessoas pedem sugestões de bandas que actuem em casamentos. A Bruce Brothers disponibiliza diferentes opções: duo, trio, quarteto, quinteto, ..., com ou sem DJ. 

Nesta entrevista, poderão saber um pouco mais acerca destes profissionais.


Há quanto tempo trabalham em casamentos?
Há cerca de 5 anos.

Quantas pessoas trabalham na vossa empresa? Qual é o papel de cada uma?
A empresa é minha, é uma unipessoal, todas as pessoas são contratadas por mim. Os músicos do "núcleo duro" são 4 e são pagos pelo trabalho que executam como músicos. O trabalho criativo em termos de banda é também feito por todos eles (arranjos musicais...), não funcionando como músicos pagos "à peça", mas como banda no verdadeiro sentido da palavra.  
Existe uma grande cumplicidade e amizade entre todos, pois tocamos juntos há muito anos.  
Todo o trabalho comercial e de "backstage" é executado por mim: publicidade, divulgação, reuniões com os noivos, fecho de contratos, coordenação de toda a logística.

Que serviços têm à disposição dos noivos?
Temos uma variedade de serviços, cuja descrição pormenorizada e orçamentos posso enviar a quem estiver interessado: banda com vários elementos e formações (desde duo a septeto, octeto...), só DJ e banda + DJ com tudo incluído (som, luzes, VJ...).

Qual é a vossa formação/experiência a nível musical?
Todos os músicos têm formação superior: 3 deles são formados pelo ESMAE na vertente Jazz e um deles tem o Conservatório completo. Eu, como cantor, tive aulas vários anos com a actual Professora de Canto do ESMAE (Fátima Serro), na vertente jazz tive aulas com um cantor de jazz (Kiko) e frequentei o Curso Livre do ESMAE também na vertente jazz (com Fay Claassen).
Sou também o DJ, tenho o Curso de DJ e de Produção Musical.

O vosso repertório é flexível, podendo adaptar-se às preferências de cada casal?
O repertório de DJ sim; em termos de banda existe alguma flexibilidade, mas sempre dentro dos repertórios que tocamos: blues, jazz, pop/jazz e soul.

Têm verificado mudanças nos critérios dos noivos relativamente à escolha do tipo de animação (bandas/DJs/coreógrafos/...) ou relativamente ao tipo de músicas?
Penso que num determinado nicho de mercado está novamente a surgir o gosto pela música ao vivo e pelo concerto. Em termos de música de dança, penso que a tendência é cada vez mais "comercial", sendo cada vez mais difícil sair do "mainstream". 

Muitos noivos têm receio que os convidados não dancem e que isso crie momentos mortos. Qual é que acham que é a solução para isso?
O concerto para dançar que fazemos é uma solução que funciona muitas vezes, pois o repertório que fizemos foi pensado para agradar a um leque muito diversificado de idades e as pessoas têm aderido bastante bem a isso, pois cria um momento diferente.

Tendo em conta a vossa experiência, o que é que resulta mais em termos de disposição da pista de dança, atitude dos noivos, tipos de música, efeitos de luzes e horário do baile?
Depende muito do espaço, mas a pista deve estar perto do bar, o que muitas vezes não acontece, e deve ser visível e central, próxima de todos os convidados.
Em termos de atitude dos noivos, como é natural, quanto mais os noivos dançarem e forem animados, mais os convidados aderem.
Os tipos de música devem ser diversificados para chegar a toda a gente e variam um pouco de acordo com o público alvo (noivos e convidados), embora haja géneros musicais mais comerciais que funcionam quase sempre.
As luzes são também uma questão importante, muitas vezes desprezada. Penso que a partir do momento em que abre a pista, deve haver pouca luz na sala, concentrando-se a luz na pista.
O horário do baile vai depender muito da hora de início do casamento, mas regra geral, funcionam melhor os casamentos ao fim da tarde, seguidos de jantar.

E o que é que resulta menos?
Um factor muito importante é a questão dos "timings", que muitas vezes não são controlados pelos chefes de sala e são "estendidíssimos"; quando se abre a pista, as pessoas já estão fartas de ali estar.

Em que momento(s) da festa é que normalmente o baile é aberto?
Depois dos cafés e digestivos.

Também tocam durante a refeição?
Preferimos não tocar durante a refeição, pensamos que é o momento menos apropriado para tocar. Parece-me que no fim da refeição, quando as pessoas vão para a sobremesa, é já um bom momento para tocar, pois cria-se um espaço mais morto.

Que tipo de contacto é que costumam ter com os noivos antes do casamento?
Costumamos ter um contacto pessoal directo: temos sempre pelo menos 2 reuniões - uma para definir todas as questões e a segunda no local do evento para acertar todos os pormenores.

Qual é a vossa área (geográfica) de actuação?
Actuamos em todo o país, obviamente cobrando despesas de deslocação a partir do Porto sempre que a distância é superior a 50 kms.

Quantas horas é que costumam estar no local da festa? Há um limite?
Nunca estabelecemos um limite, mas passados estes anos começo a achar que se calhar não é assim tão descabido estabelecer algum limite razoável, pois muitas vezes se ultrapassa excessivamente esse limite.

Costumam trabalhar em parceria com outros profissionais de casamentos?
Não temos nenhuma parceria, mas aconselhamos muitas vezes (e somos aconselhados) outros profissionais que fomos conhecendo ao longo destes anos e que sabemos que fazem um bom trabalho.

Há algo que queiram acrescentar?
Sim, penso que devemos tentar ao máximo perceber o que os noivos pretendem e se o nosso produto se adequa ao que eles querem, pois algumas vezes não se adequa e não é só uma questão de preço.
Não devemos ter receio de recusar o trabalho, pois por vezes é preferível não o fazer.
Claro que é cada vez mais difícil recusar trabalho, mas penso que mesmo em termos comerciais é mais produtivo perceber qual é o nosso "target" e trabalharmos para esse "target".


Muito obrigada pela disponibilidade, Bruce Brothers!

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